A Câmara de Vereadores de Piracicaba informou na tarde desta quarta-feira (26), por meio de uma nota oficial, que o vereador Dirceu Alves da Silva e sua ex-assessora de relações públicas, Tayne da Silva Souza, encontram-se sobre investigação no Departamento de Assuntos Jurídicos.
A ex-assessora de relações públicas diz que foi assediada e que teve que dividir com o vereador metade de seu salário recebido na Câmara. O advogado da vítima, Homero de Carvalho, disse que Tayne entregou à Casa de Leis uma carta de próprio punho relatando todo o ocorrido e um áudio contendo um suposto diálogo entre ela e Dirceu Alves. A vítima também relata ter sido assediada sexualmente pelo parlamentar, ocasião em que ele a convidou para conversarem tranquilamente num lugar calmo — o lugar calmo, sugerido por ele, foi um motel.
Em nota, a Câmara diz que o presidente da mesa diretora, Matheus Erler, recebeu do vereador Dirceu Alves da Silva um documento com suposta coação por parte de sua ex-assessora.
“Diante da gravidade dos fatos, o presidente remeteu imediatamente toda a documentação referente aos fatos ao Departamento de Assuntos Jurídicos, decretando a momentânea confidencialidade à tramitação, a fim de que a apuração transcorra permeada de todas as garantias e direito ao contraditório, e que se proceda com as orientações cabíveis à presidência e à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar”, finaliza a nota da Câmara, encaminhada à imprensa Piracicabana.
O Jornal PIRANOT entrou em contato com o gabinete do vereador às 09h24 desta quinta-feira (27), a fim de conceder-lhe, por direito, um oportunidade de defesa. Até às 17h15, horário do fechamento desta reportagem, o parlamentar ainda não havia respondido o contato.