Os prefeitos de Piracicaba, Americana e Limeira — respectivamente, Barjas Negri, Omar Najar e Mario Botion — farão uma visita técnica à barragem de Americana na próxima semana para, pessoalmente, analisar o local. O objetivo é se reunir com representantes da concessionária, a CPFL Renováveis, para cobrar a apresentação de laudos que garantam a segurança da barragem. A intenção é que se esclareça definitivamente qualquer dúvida relativa à segurança da estrutura.
A barragem foi alvo de uma reportagem feita pela TV Bandeirantes, veiculada no dia 07 de fevereiro, onde se apontou que, caso houvesse rompimento da estrutura e liberação da água, Piracicaba e Limeira seriam “varridas do mapa”.
Para discutir o assunto, Barjas esteve na manhã desta sexta-feira (15) no gabinete do prefeito Omar Najar. “Esse é um assunto que trouxe preocupação a todos. Recebi esclarecimentos técnicos prestados pela CPFL nos tranquilizando, mas creio que seria importante estendermos o debate aos três municípios e termos a apresentação pública dos laudos de segurança”, comentou o Omar.
Já Barjas reiterou que uma visita à barragem é mais que indispensável. “Sabemos da capacidade de todos os profissionais envolvidos na gestão da barragem, mas é importante que nós visitemos o local e façamos uma discussão mais ampla a esse respeito”, comentou o prefeito de Piracicaba.
Barjas continuou. “O que queremos é mostrar à população dessas três cidades, especialmente Piracicaba e Limeira (as citadas na reportagem), que a barragem é segura”, finalizou.
Defesa Civil
O Jornal PIRANOT entrou em contato com Odair Mello, secretário da Defesa Civil, e chegou à conclusão que, caso a barragem em Americana se rompa, Piracicaba realmente será um dos municípios atingidos… porém, longe de ser “varrido do mapa”. Ele explica: “se caso acontecer da barragem se romper, o impacto atingiria as regiões localizadas às margens do Rio Piracicaba. Porém, a informação de que Piracicaba será ‘varrida’ do mapa não procede, visto que a cidade é construída por vales e a água teria que subir uma altura equivalente a 100 metros para literalmente varrer o município”.
Somado a isso, o secretário também disse que estudos foram feitos e que a água levaria cerca de 03h15 para chegar na divisa de Piracicaba e Iracemápolis, tempo suficiente para que toda a população ribeirinha, em caso de caos, seja retirada de suas casas num plano de emergência. Odair finaliza: “no momento em que houver a confirmação de que a barragem se rompeu, estaremos atuando e avisando a população para que evacue todas as áreas alarmantes.”
Por ora, vale ressaltar que a barragem de Americana foi construída no ano de 1949. Até o momento, não há qualquer indício que mostre possibilidade de rompimento.