Os vereadores Laércio Trevisan Jr. (PR) e Paulo Campos (PSD) ocuparam a tribuna da Câmara durante a 10ª reunião ordinária, na noite desta segunda-feira (11), para criticar a administração municipal e as altas contas de água recebidas por alguns clientes do SEMAE.
Trevisan
Começando por Trevisan, o vereador disse que a administração de Barjas está uma “bagunça geral”, um “desgoverno” e “não dá mais para defender o que vem acontecendo nesta cidade”. Enfatizou: “Precisa dar uma chacoalhada nesta Administração.”
Trevisan Jr. citou, inicialmente, os problemas divulgados na imprensa com os principais contratos de PPP (Parceria Público-Privada). “Piracicaba tem várias modas. A moda que o Semae deve, primeiro R$ 169 milhões, depois caiu para R$ 63 milhões e, agora, caiu para R$ 32 milhões, para indenizar a empresa (Águas do Mirante, responsável pela coleta e tratamento de esgoto)”, disse.
O parlamentar também lembrou da situação da PPP do Lixo, cujo contrato com a Prefeitura é em torno de R$ 730 milhões (a serem investidos em 20 anos). “A empresa está sem pagar os funcionários, mas recebeu (do Executivo), inclusive até aditamentos”, destacou, ao lembrar que apresentou um requerimento em que pede informações sobre quanto foi pago e se foram investidos os R$ 90 milhões prometidos que seriam colocados em um novo aterro sanitário.
Também destacou as críticas à Estapar, empresa responsável pelo sistema de estacionamento rotativo na região da Central, que, segundo ele, em cerca de oito meses já arrecadou R$ 2,6 milhões, ficando com 80% destes recursos.
“A cidade está abandonada, você não passa em um local em que não tenha galho jogado, colchão e sofá jogados, você não passa em um lugar em que não tenha problema”, disse, lembrando que, em algumas regiões, buracos no asfalto “está fazendo aniversário”. “Vou fazer um bolo, colocar na mesa, com copinho, refrigerante e comemorar o aniversário do buraco”, ironizou.
Paulo Campos
“Esses aumentos absurdos que estão chegando às casas dos cidadãos não são pontuais. Algo está acontecendo e temos de fazer alguma coisa, temos essa prerrogativa”, disse Paulo Campos.
O vereador citou casos de três pessoas que viram saltar os valores que pagam mensalmente pela água: em um deles, a média de R$ 70 pulou para R$ 280, em outro foi de R$ 110 para R$ 400 e o terceiro aumentou de R$ 140 para R$ 630.
“Quando o presidente fala que a falta d’água é um problema pontual e esses aumentos absurdos também são, eu digo: infelizmente, não são! Nos quatro cantos da cidade há problemas. Não pode continuar como está”, declarou Paulo Campos.