O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) fará adesão à greve geral nacional marcada pelas centrais sindicais para o próximo dia 28 de abril, sexta-feira, e definiu estratégias do movimento, que promete parar diversos segmentos de trabalhadores. Durante encontro na sede do Sindicato dos Trabalhadores Municipais, os dirigentes confirmaram a decisão tirada no último dia 4 deste mês de parar a cidade como forma de protestar contra as propostas de reformas da Previdência Social e da legislação trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional e que são prejudiciais aos trabalhadores.
Conforme o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, a greve geral nacional, foi estabelecida no calendário de lutas das centrais sindicais como forma de protestar contras as reformas que vão prejudicar a população e os trabalhadores e o Conespi, entidade que congrega cerca de 30 sindicatos e que representa aproximadamente 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados em Piracicaba e região, decidiu apoiar esta iniciativa, e, com isso, diversas categorias de trabalhadores devem aderir ao movimento nacional. “Piracicaba sempre esteve na vanguarda da luta dos trabalhadores e este momento, sem dúvida alguma, é de unirmos as nossas forças e mostrarmos que somos contrários às propostas de reformas do governo que só vão penalizar ainda mais os trabalhadores”, destaca.
Para o presidente do Conespi, se a sociedade não se mobilizar contra estas reformas, elas serão aprovadas e isso trará grande prejuízo à sociedade brasileira, que ficará mais empobrecida e com menor proteção. “O governo tem cedido em função das pressões que chegam ao Congresso Nacional, mas é necessário ampliar esta discussão com a sociedade, do contrário, com a proposta para Reforma da Previdência que impõem uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria e com severos cortes nos benefícios por incapacidade, tanto de doença, como por invalidez, é importante que ampliemos nossa luta para a melhoria dos ambientes de trabalho. No caso da reforma da legislação trabalhista a sua aprovação é perniciosa aos trabalhadores, uma vez que é tudo o que os patrões sonham, uma vez que poderá prevalecer o negociado sobre o legislado, jogando nossas conquistas na “lata do lixo”. “Seremos obrigados a negociar o que já temos, o que não tem cabimento”, completa, convocando os trabalhadores a aderirem ao movimento.
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TRANSPORTE PÚBLICO – Uma das categorias que vai parar é o transporte público. Neste caso a paralisação ocorrerá das 04 às 11 horas da manhã, ou seja, por sete horas.
Procurada, a Prefeitura de Piracicaba disse que não foi notificada sobre o assunto e que se preciso tomará uma decisão emergencial no dia.