Morreu ontem (08), em Piracicaba um bebê de dois meses de idade. Ele faria três hoje. O pai acusa um posto de saúde de Piracicaba de negligência por não oferecer uma vacina.
“A causa foi pneumonia extensa. O que me revolta é que há duas semanas atrás levamos ela para tomar três vacinas no posto de saúde do Mário Dedini sendo que uma delas era justamente a de pneumonia. Tinha um profissional lá com preguiça e não quis procurar os documentos e remarcou alegando que ficar 15 dias sem não teria problema. Nesse período minha princesa se foi”, acusa Nigue Santos.
A bebê se chamava Pietra Hemanuely Gomes Oliveira e nasceu com 30 semanas. Seu nascimento foi noticiado aqui no PIRANOT em março devido ao fato dos pais só descobrirem sua existência no parto. “Acordei de madrugada e minha esposa estava dando à luz. Foi uma surpresa maravilhosa”, disse.
Ao longo do dia, Santos procurou a Secretaria de Saúde de Piracicaba para demonstrar sua indignação e a delegacia para fazer um boletim de ocorrência.
Em nota, a pasta informou ao portal de notícias que após o nascimento, a bebê ficou “internada por 47 dias devido a sua prematuridade” e que o óbito “está sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica e acompanhado pelo Pacto pela Redução da Óbito Infantil do município.”.
A Secretaria de Saúde instaurou ainda uma sindicância para apurar o atendimento no CRAB (Centro de Referência em Atenção Básica) Mario Dedini e informou que a vacina pneumocócica 10 valentes é administrada em três doses – aos 2 meses, 4 meses e 12 meses de idade (dose de reforço). “A efetiva imunização contra os dez (10) sorotipos do vírus Streptococcus pneumoniae é alcançada somente após a administração da última dose, no primeiro ano de idade da criança.”