O Atlético-MG reduziu os salários dos jogadores em até 25% em meio à pandemia do novo coronavírus. A tentativa da diretoria, no entanto, era um corte maior na remuneração dos atletas. O clube queria diminuir em 50% o pagamento ao elenco.
Antes de anunciar o corte de 25% no salário dos jogadores, em 29 de março passado, houve uma proposta ao plantel com o intuito de reduzir pela metade os vencimentos. O grupo, porém, recusou a tentativa do presidente Sérgio Sette Câmara.
“Os atletas, primeiro, se reuniram para saber o que seria bom para a gente. Primeiro, eles queriam 50%, mas depois voltaram para 25%. Nós nos decidimos e entramos em um acordo com o Alexandre [Mattos, diretor de futebol] e o presidente Sérgio Sette Câmara. Ficou tudo bom para todo mundo, mas é isso. Nós reduzimos 25%. Dói um pouquinho, porque tenho uma menina de 3 anos e tenho que comprar leite para ela”, disse o meia-atacante Marquinhos em tom de brincadeira durante o programa Papo de Setoristas.
A reportagem apurou que há um grupo de WhatsApp entre os jogadores para discutir questões referentes ao plantel comandado por Jorge Sampaoli. Os atletas utilizaram esse meio de comunicação para discutir o fato. Líderes do plantel, como Victor e Réver, foram os responsáveis por informar à diretoria que não acatariam um corte de 50% dos salários.
Alexandre Mattos foi quem teve a incumbência de manter contato com os atletas na ocasião. Ele não se comunicou com todo o elenco, mas, sim, com os principais líderes do grupo.