Felipe Gonçalves entrevista o ator Fabio Audi, do curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”
Fabio Audi, Itapira (SP), cujo prefere não revelar a idade, é ator formado pela escola “Célia Helena” e graduado em cinema, pela FAAP, em São Paulo. Prestes a estrear nos cinemas com o filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, baseado no curta metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, lançado em 2010, com direção de Daniel Ribeiro, o ator concedeu uma entrevista ao entrevistador do site, Felipe Gonçalves.
O filme, que estreará nos cinemas no próximo dia 10 de abril, conta a história de Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente deficiente visual que muda de vida totalmente com a chegada de Gabriel (Fabio Audi), um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo que tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana (Tess Amorim), Leonardo vive a inocência da descoberta de uma paixão por Gabriel (Fabio Audi).

Confira a entrevista na íntegra:
Felipe Gonçalves: Fabio, você ficou conhecido após o sucesso do curta-metragem “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, onde atuou com Gabriel. Em quais aspectos mudou a sua rotina de lá pra cá?
Fabio: Minha rotina só se intensificou dentro do processo de me tornar um artista consciente e maduro.
Felipe Gonçalves: Quando você se deu conta do sucesso e do reconhecimento do público?
Fabio: Na primeira exibição do filme no festival de Paulínia… Saímos de lá com praticamente todos os prêmios! Logo em seguida o filme ficou disponível no youtube. Foi aí que surgiu o público do filme.
Felipe Gonçalves: Você é formado em cinema e além de produções audiovisuais, já participou de produções da ECA USP (Escola de Comunicação e Artes). Quando decidiu ingressar na carreira artística?
Fabio: Desde os 6 anos estudo música, sempre fui o extrovertido da escola, gostava de desenhar, tocava piano, fazia “obras de arte” espontaneamente para os outros…

Felipe Gonçalves: Você é o único artista da família?
Fabio: Tenho um primo artista plástico, um avô que pinta e uma avó que teve tudo para ser cantora…
Felipe Gonçalves: Se você não fosse ator e nem cineasta. Que carreira seguiria?
Fabio: Acho que se não fosse artista… Seria filósofo (ainda flerto muito com a área acadêmica).
Seria um professor na área de filosofia, psicologia, história ou pedagogia.
Felipe Gonçalves: A aceitação do curta pelo público foi praticamente unânime, que resultou na produção do filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, baseado na mesma temática. Como foi a sua rotina de gravação?
Fabio: A rotina era pesada! Depois de muitos ensaios e discussões acerca do roteiro, começamos a gravar em uma rotina que começava ás 4:30 da manhã e acabava ás 19:00. De qualquer forma, foi muito gostoso tudo aquilo… Aos poucos você vai conhecendo toda a equipe (acho que éramos em 80 pessoas) e vai formando uma família…

Felipe Gonçalves: Em dezembro de 2012 foi anunciada a iniciação da produção do filme, somente após dois anos de captação de recursos e elaboração de roteiro. Você acredita que a burocracia de captação de recursos financeiros para o cinema brasileiro ainda é lento ou é o tempo necessário para o processo das produções?
Fabio: O Brasil precisa construir logo sua industria cinematográfica… O incentivo do Governo é excelente, demorado e no entanto, não é o suficiente. Precisamos ficar independentes logo e seguir modelos mais livremente articulados.
Felipe Gonçalves: Recentemente, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” foi exibido no Festival de Cinema de Berlim e ficou em segundo lugar na escolha do público. Como você

explica o sucesso do filme, não somente no Brasil, como no exterior também?
Fabio: O filme tem uma linguagem sensível e universal. A metáfora funciona em qualquer canto e mostra que a urgência do amor simples é igual em qualquer espaço e tempo.
Felipe Gonçalves: O filme chega no cinema em abril. Qual é a sua expectativa para a estréia?
Fabio: Não vejo a hora de poder assistir o filme aqui no Brasil, poder sentir a energia e a resposta das pessoas… Acho que vai ser muito gostoso!
Felipe Gonçalves: O que o público pode esperar de diferente do Gabriel, que não teve no curta?
Fabio: Acho que o Gabriel ganha mais complexidade de modo geral… No longa o Gabriel é claramente os olhos de Leonardo, trazendo a ele um novo mundo de experiências que são tão comuns aos meninos do interior; olhar as estrelas do céu, andar de bicicleta… Tudo isso atrelado a uma insegurança e timidez que fazem com que o personagem fique mais apaixonante. na minha opinião.
Felipe Gonçalves: Quais são seus projetos, após a estréia do filme?
Fabio: Pretendo continuar meu processo como artista. Vou continuar estudando muito e quem sabe em breve não surge outro projeto tão especial como foi o “Hoje eu quero voltar sozinho”.
Entrevista concedida por Fabio Audi ao entrevistador Felipe Gonçalves.
O filme deve estrear nos cinemas dia 10 de abril, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Assista o trailer do filme:
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Felipe Gonçalves, 18, estudante de jornalismo na Universidade Metodista de Piracicaba, também é ator e estuda teatro na cia Tempero d’alma de Artes Cênicas. Já foi repórter e participou do clipe “Shaking” com a cantora Kelly Key. Além de teatro e participações na TV, Felipe escreve sobre entretenimento e realiza entrevistas com artistas e personalidades da mídia.