Seis pessoas foram presas ontem (18), por processar e vender carne de cavalo para pelo menos 17 restaurantes e açougues em Caxias do Sul (RS), após investigação do Ministério Público do Estado. A comercialização e consumo deste tipo de produto é permitida no país, desde que dentro das leis sanitárias, o que não ocorria. Os clientes que consumiam a carne achavam que era bovina e não de cavalo (carne equina), já que a mesma era usada para fabricação de hambúrgueres.
Segundo a denúncia, pelo menos 800kg de carne eram distribuídos por semana para estabelecimentos da região, que compravam por um preço muito abaixo do normal, sem nota fiscal e em embalagem irregular. Um exame de DNA feito em carnes apreendidas nos locais investigados, apontaram que 60% de todas elas eram de cavalo.
A investigação começou há cerca de dois meses após denúncias de que havia um abate clandestino de cavalos e a venda da carne, já moída, para Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Com autorização judicial, foram realizadas interceptações e análises de conversas telefônicas que permitiram ao Ministério Público chegar ao grupo.
Toda a carne de cavalo apreendida na investigação vinha de um frigorífico clandestino e os animais abatidos não tinham origem certificada, ou seja, não eram criados para tal finalidade.