A cobrança do parquímetro – Zona Azul – quando o comércio de Piracicaba estava fechado devido à quarentena é questionada no requerimento 400/2020 da vereadora Nancy Thame. Aprovado durante a 29ª reunião extraordinária desta quinta-feira (13), o requerimento também pede explicações sobre as multas aplicadas no período de isolamento social.
A vereadora relatou ter recebido questionamentos de munícipes sobre a continuidade das cobranças e fiscalizações do estacionamento rotativo, mesmo quando as atividades comerciais estavam proibidas. De acordo com a vereadora, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Piracicaba (CDL) também questionou a cobrança da Zona Azul apesar do comercio ter ficado fechado devido à pandemia. A CDL informou que 80% dos veículos que se encontravam estacionados na região central foram multados.
A vulnerabilidade dos trabalhadores da empresa responsável pela fiscalização (e cobrança) da Zona Azul, que foram expostos ao risco de contaminação no momento em que Piracicaba se encontrava na fase vermelha, também foi pontuada pela vereadora no requerimento. Nancy Thame quer saber se os munícipes que foram multados no período de paralisação comercial serão ressarcidos.
O vereador Lair Braga também somou voz à causa. Ele disse que conversou pessoalmente com o procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissoli, e recebeu como resposta que o próprio Ministério Público entendia que a liberação do estacionamento poderia facilitar a aglomeração de pessoas nas ruas. Ao questionar o secretário Jorge Akira (da Semuttran), Lair foi informado de que se a Prefeitura não liberasse o funcionamento da Zona Azul, teria que cobrir os prejuízos da Estapar — empresa responsável pela cobrança e fiscalização do estacionamento rotativo no município.
“Não são só as multas causam revolta no motorista, mas a perda de pontos na carteira e a exposição das trabalhadoras da Estapar. É uma questão muito séria. Embora estejamos na fase amarela, não importa o tempo que passou, é muito importante que esse requerimento seja respondido oficialmente pela Prefeitura”, afirmou Lair Braga.