A Prefeitura de Piracicaba informou que o Centro de Triagem do Coronavírus, instalado numa tenda ao lado da UPA Piracicamirim, já atendeu — de abril a julho — 25.054 pessoas com síndromes respiratórias, inclusive aquelas com suspeita de coronavírus (Covid-19). Em abril foram 2.679 atendimentos; em maio, 3.451; em junho, 8.105; e em julho, 10.819.
O secretário de Saúde, Pedro Mello, disse que a criação da tenda foi uma medida correta de ser tomada, “por aproveitarmos uma boa estrutura de atendimento, bem localizada, com equipes de profissionais qualificados, onde concentramos os casos respiratórios e de Covid-19, evitando, assim, o fluxo cruzado de pessoas e a disseminação descontrolada da doença”. Já o prefeito Barjas Negri comentou que a cidade já começou a se preparar para a pandemia ainda no mês de março. “Sempre procuramos nos antecipar à evolução da doença para salvar vidas. Além disso, estamos seguindo as recomendações dos sanitaristas e do nosso grupo de trabalho do coronavírus”, afirmou.
Casos por mês
Em abril, conforme informações registradas no Sistema Olostech da Secretaria de Saúde, 10,4% dos casos foram considerados preocupantes (277 pessoas) e 1,2% chegaram em situação crítica (32 pessoas). Esses dados representam pacientes que precisaram ser encaminhados para observação na UPA. Houve predomínio no período para atendimento de adultos – entre 12 e menores de 60 anos – sendo 2.012 pessoas (equivalente a 75,61% do total). Os idosos foram 414 (15,55% do total).
Em maio, manteve a predominância nos atendimentos de adultos. Foram acolhidas 2.535 pessoas nessa faixa etária (78,16% do total). Apesar do crescimento na procura pela unidade em relação ao mês anterior, registrou-se pequena redução nos casos preocupantes: 237 pessoas (equivalente a 7,3% do total), bem como nos críticos: 31 pessoas (equivalente a 0,95% do total). O número de idosos atendidos registrou um pequeno crescimento em números absolutos: 421 pessoas (equivalente a 12,98% do total).
Em junho, o número de casos preocupantes disparou para 530. Os casos críticos, no entanto, mantiveram-se em queda: 49 pessoas (correspondente a 0,6% do total). Os adultos (6.640 pessoas) representaram 82,28% dos casos. O número de idosos que procuraram o serviço continuou crescente em números absolutos, apesar de ter caído proporcionalmente: 898 pessoas (equivalente a 11,12% do total).
Já em julho, o número de casos preocupantes continuou crescendo em números absolutos em relação aos meses anteriores: 749 pessoas (equivalente a 6,93% dos atendimentos). Os casos críticos também cresceram, passando para 63 atendidos (0,58% do total). O número de adultos manteve-se na liderança, com 8.898 recepcionados (82,38%). Os idosos foram 1.270 (11,75% do total). Em termos percentuais, o número de crianças atendidas de abril a julho diminuiu (8,83%, 8,84%, 6,59% e 5,85%), porém cresceu em números absolutos, passando de 235 para 287, e depois de 532 para 632.