O governador do Estado, João Doria, decidiu prorrogar por mais 15 dias — até 22 de abril — a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, entre eles Piracicaba. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a 100 cidades paulistas e em mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que, prolongando o distanciamento social, seria possível evitar mais de 160 mil mortes em todo o Estado.
No dia 23 de março, o prefeito Barjas Negri assinou o decreto nº 18.230, que declarou situação de calamidade pública e estabeleceu regime de quarentena em Piracicaba, entre outras medidas para o enfrentamento da pandemia de coronavírus (Covid-19). O documento permite, por exemplo, que a Prefeitura possa tomar medidas de emergência com mais facilidade e rapidez. A cidade de Piracicaba conta, até às 16h desta terça-feira (07), com 19 casos de pessoas com coronavírus.
“A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o Estado, por razões que já foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou Dória. De acordo com uma projeção do Instituto Butantan, a prorrogação da quarentena pode evitar 166 mil óbitos em São Paulo, além de 630 mil hospitalizações e 168 mil internações em UTIs.
Em Piracicaba…
Durante o período de quarentena, a Prefeitura de Piracicaba, autarquias, fundações e empresas públicas irão manter integralmente os serviços essenciais à população, como os ligados à Saúde, Segurança e Assistência Social, sempre adotando medidas para a proteção dos trabalhadores. O atendimento presencial será suspenso para os serviços não essenciais.
Os serviços de atendimento ao público oferecidos no Térreo 1 e 2 da Prefeitura — como pagamento de multas, IPTU, Dívida Ativa, entre outros — também estão suspensos presencialmente, mas mantidos via telefone, e-mail ou 156. O Procon continuará com as fiscalizações e com o atendimento via telefone.
Durante a situação de calamidade pública, servidores gestantes, lactantes, com idade a partir de 60 anos, expostos a qualquer doença ou outra condição de risco de desenvolvimento de sintomas decorrentes da infecção pelo Covid-19, deverão continuar em sistema de trabalho home-office.
No setor privado, o decreto estabelece que devem ser mantidos os serviços de:
- Saúde — hospitais, clínicas, farmácias, lavanderias e serviços de limpeza e hotéis;
- Alimentação — supermercados e congêneres, bem como os serviços de entrega (delivery) e drive thru de bares, restaurantes e padarias;
- Abastecimento — transportadoras, postos de combustíveis e derivados, armazéns, oficinas de veículos automotores e bancas de jornal;
- Segurança — serviços de segurança privada;
- Comunicação social — meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiofusão sonora e de sons e imagens.