Em 27 meses, a Secretaria Municipal do Trabalho e Renda (Semtre) cadastrou a abertura de 8.444 vagas de emprego em Piracicaba (SP), além de um crescimento de 61,5% no número de micro-empreendedores individuais (MEI) e aumento de 75% no número de ambulantes cadastrados.
Apenas no primeiro trimestre de 2019, o número de vagas de emprego disponibilizadas na Semtre, por meio do Centro de Apoio ao Trabalhar (CAT), representa 65,1% do total registrado no ano anterior. Entre janeiro e março, 1.284 postos de trabalho foram cadastrados; em 2018, 3.686.
“Sempre defendi uma gestão municipal com foco na geração de renda, seja por meio do emprego formal ou do empreendedorismo. Por isto, abrimos as portas da Semtre para a comunidade e para os empresários. Firmamos parcerias e criamos ações, como, por exemplo, a formação de uma equipe que vai até as empresas captar vagas de trabalho. Iniciativas que trouxeram bons resultados, já que no período mais crítico da crise econômica, em 2017, conseguimos aumentar o número de vagas cadastradas. Em 2015, por exemplo, foram ofertadas 2.839 e em 2016 foram 2.509”, afirma Evandro Evangelista, secretário que esteve à frente da Semtre e que agora sai para ceder lugar a José Luis Ribeiro.
Comércio informal
De acordo com Evandro, nos últimos anos houve mudança no papel dos comerciantes ambulantes em Piracicaba e na geração de renda. “Por isto, em mais de dois anos, foi feita a aproximação com os comerciantes de rua. Ação que resultou no crescimento de 36% no número de autorizados pela Semtre”, comentou.
Atualmente, 560 profissionais estão ativos e regulares na Secretaria. Em 2016, eram 320 ambulantes.
A boa relação com a comunidade resultou ainda no aumento do número de permissionários no camelódromo e na regularização do desempenho da atividade no bairro Vida Nova – onde 10 profissionais foram autorizados a atuar como comerciantes de rua.
“Com o intuito de trazer melhorias para o desempenho desta atividade, entregamos a proposta de alteração da Lei Complementar nº 178/2006 que rege a atuação dos ambulantes. Isto porque a atividade mudou nos últimos anos, principalmente no que diz respeito à geração de emprego e renda. A economia informal deixou de ser renda complementar para ser a principal, ou até mesmo, a única fonte de renda”, afirma Evandro.
MEI
Também foram feitas mudanças no formato de atendimento do MEI que refletiram no aumento na procura por atendimento. Entre 2017 e 2019, foram computados 32.181 atendimentos. O índice é 61,5% maior quando comparado aos serviços prestados entre 2014 e 2016 – na ocasião, 19.922 suportes foram registrados.
“Anteriormente, a abertura de MEI era feita por meio de agendamento com avaliação no guichê. Hoje, a solicitação é online e a entrega de documentos é liberada assim que o pedido é autorizado, com tempo máximo de 10 dias”, revelou.
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