Outro caso de violência contra mulher foi registrado na madrugada deste domingo (16), em Piracicaba (SP). O caso ocorreu pelo bairro da Vila Cristina, por volta das 04 horas.
A vítima, de 17 anos, entrou em contato com a Polícia Civil para contar que namorou o agressor, de 27, por cerca de um ano e seis meses. Embora os dois não estejam mais juntos há um mês, da união entre eles nasceu uma filha.
De acordo com relatos da vítima, ela estava com sua mãe em um bar do bairro Monte Líbano, momento em que seu ex-namorado apareceu no local e perguntou onde estava a filha deles. A vítima contou que a criança estava na casa de sua tia, porém acabou surpreendida com uma série de agressões físicas. Em seguida, o ex fez com que a vítima subisse na moto e, juntos, foram até a casa dessa tia para pegar a criança. Durante o trajeto, a vítima conta que levou vários murros nas costas.
Após pegarem a criança na casa dessa tia, ex-namorado e vítima foram até sua residência, onde ela novamente foi ofendida com palavras de baixo calão e espancada com chutes, murros e puxões de cabelo. Um ventilador ainda chegou a ser arremessado contra o rosto da vítima.
A Polícia Militar foi acionada pela tia da vítima e entrou em contato com o agressor. Ele contou que levou a criança até o Conselho Tutelar e que não pretende devolvê-la.
A vítima foi orientada a procurar a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Centro do município, onde será resguardada pela Lei Maria da Penha. O Boletim de Ocorrência foi lavrado às 10h01 deste domingo, na natureza de crime de lesão corporal, incurso no Artigo 129 do Código Penal.
O 7º Distrito Policial do município ficou encarregado do caso.
Patrulha Maria da Penha
A Guarda Civil de Piracicaba divulgou, no dia 07 de dezembro, o balanço da Patrulha Maria da Penha entre os meses de janeiro e novembro de 2018 no município. De acordo com a GCM, nesse período houve 317 medidas protetivas, foram realizadas 8.169 rondas e efetuada 11 prisões em flagrante de agressores que descumpriram as medidas.
A Lei Maria da Penha defende as mulheres de qualquer forma de violência. Perante a lei, é considerada violência qualquer ação ou omissão contra a mulher que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico e dano patrimonial.
Em Piracicaba, é a Guarda Civil que fica incumbida do patrulhamento. A GCM possui uma equipe composta de uma coordenadora e oito guardas civis, sendo quatro mulheres e quatro homens. O monitoramento é feito 24 horas, e, caso haja descumprimento de pena, o agressor é preso.
“[É importante que todas as mulheres tenham em mente] a importância de registrar um boletim de ocorrência quando estiver sofrendo agressão ou tenha sofrido, pois a medida protetiva se dá após o registro do boletim de ocorrência”, explica Lucineide Maciel, comandante da Guarda Civil.