Outro caso de grave violência doméstica foi registrado em Piracicaba na tarde deste domingo (09), por volta das 13h30. O caso aconteceu pela Rua Aristídes Balbino, região do Grand Park, ao oeste do município.
De acordo com informações relatadas pela Guarda Civil, uma equipe realizava patrulhamento pelo bairro Grand Park, quando, pela Rua Aristídes Balbino, uma mulher correu em direção à viatura gritando por socorro. Ela disse aos guardas que discutiu com seu marido, ocasião em que ele a segurou pelo pescoço e a jogou no chão. O filho da vítima, de apenas seis anos, ainda tentou intervir, mas também acabou agredido.
A vítima contou que seu marido é uma pessoa violenta e que já a agrediu diversas vezes. Ele não aceita ser contrariado e disse que, caso ela discordasse de alguma coisa, a puniria penalizando a criança.
Uma equipe da Guarda Civil compareceu na residência onde o casal vive e encontrou o indiciado de 46 anos defronte ao portão do imóvel. Ele desobedeceu os guardas e resistiu à abordagem, mas acabou detido. Diante dos fatos, o delegado plantonista ratificou voz de prisão em flagrante delito ao homem, entendendo que sua conduta fere os Artigos 146, 147, 329 e 330 do Código Penal — ou seja, constrangimento ilegal, ameaça, resistência à prisão e desobediência. Por conta da gravidade dos fatos, o delegado também optou em não arbitrar fiança.
A vítima de 36 anos não apresentava lesões aparentes, porém reclamava de fortes dores nas costas; já a criança, segundo os guardas, apresentava vermelhidão no rosto. Eles foram submetidos a atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Sônia. A vítima manifestou também desejo de representar criminalmente contra seu marido, além de demonstrar temor que ele venha novamente a agredi-la.
O Boletim de Ocorrência foi lavrado às 20h42 deste domingo, ficando o 5º Distrito Policial de Piracicaba encarregado da circunscrição.
Em Piracicaba, Patrulha Maria da Penha realizou 11 prisões em flagrante em 2018
A Guarda Civil de Piracicaba divulgou na sexta-feira passada (07) o balanço da Patrulha Maria da Penha entre os meses de janeiro e novembro de 2018 no município. De acordo com a GCM, nesse período houve 317 medidas protetivas, foram realizadas 8.169 rondas e efetuada 11 prisões em flagrante de agressores que descumpriram as medidas.
A Lei Maria da Penha defende as mulheres de qualquer forma de violência. Perante a lei, é considerada violência qualquer ação ou omissão contra a mulher que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico e dano patrimonial.
Em Piracicaba, é a Guarda Civil que fica incumbida do patrulhamento. A GCM possui uma equipe composta de uma coordenadora e oito guardas civis, sendo quatro mulheres e quatro homens. O monitoramento é feito 24 horas, e, caso haja descumprimento de pena, o agressor é preso.
“[É importante que todas as mulheres tenham em mente] a importância de registrar um boletim de ocorrência quando estiver sofrendo agressão ou tenha sofrido, pois a medida protetiva se dá após o registro do boletim de ocorrência”, explica Lucineide Maciel, comandante da Guarda Civil.