O Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) realiza nesta sexta-feira (24), em Piracicaba, a coleta de assinaturas pela “Correção da Tabela do Imposto de Renda”, atualmente defasada em mais de 88,40%.
Com uma tabela defasada, todos os trabalhadores assalariados acabam prejudicados. A coleta de assinaturas acontecerá no Centro de Piracicaba, das 08h às 16 horas, pelos arredores do Poupa Tempo e da agência central da Caixa Econômica Federal. Por ali, dirigentes sindicais estarão conversando com a população e até esclarecendo dúvidas.
A campanha foi lançada na segunda-feira, 30 de julho, durante coletiva na sede do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba, Rio das Pedras e Saltinho.
O presidente do Conespi, Wagner Silveira (o Juca dos metalúrgicos, como é mais conhecido), destaca que se a defasagem fosse corrigida, a faixa de isenção de pagamento do Imposto de Renda, que hoje é para quem ganha até R$ 1.903,98, subiria para aqueles que recebem até R$ 3.556,56, assim como aumentaria os valores permitidos para as deduções. Por exemplo, por dependente passaria de R$ 2.275,08 ao ano para R$ 4.286,28 ao ano.
“Nossa intenção é de sensibilizar a opinião pública, uma vez que todos estão perdendo muito com a defasagem na correção da tabela do imposto de renda”, diz ele.
O vice-presidente do Conespi, José Antonio Fernandes Paiva, também endossa a luta. Ele diz que nos últimos 20 anos — quatro governos diferentes — não houve correção da tabela do Imposto de Renda. “No acumulado entre 1996 a 2017, a defasagem é de 88,40%. Trata-se de uma apropriação indébita do governo. É indispensável a correção”, comenta.
Posição da Câmara de Vereadores de Piracicaba
A Câmara de Piracicaba divulgou, nesta manhã de quinta-feira (23), sua posição a respeito da coleta de assinaturas e diz que integra a campanha lançada pelo Conespi. O convite foi formalizado em encontro com Matheus Erler.
“A Câmara jamais se furtou de lutar pelos direitos sociais e não será diferente desta vez. Da mesma forma que o Conespi foi nosso parceiro na campanha contra a reforma da Previdência Social, não será diferente desta vez”, enfatizou o presidente da Casa de Leis, Matheus Erler.