Na tarde desta sexta-feira (22), os Correios e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) chegaram a uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho para o biênio 2017/2018. Desde o dia 24 mais de mil agências estão em greve em 21 estados.
A proposta que será levada para as assembleias da Findect é a manutenção do ACT 2016/2017, com reajuste de 3% nos salários e benefícios a partir do mês de janeiro de 2018.
Os Correios aguardam, agora, o resultado dessas assembleias e confia no bom senso dos trabalhadores para fechar o acordo coletivo.
Levantamento realizado nesta sexta-feira mostra que 91,3% do efetivo total no país está trabalhando, o que corresponde a 99.130 empregados. Esse número indica que houve aumento da adesão de funcionários à greve. Na quinta, eram 91,65% do efetivo total no país trabalhando, correspondendo a 99.504 empregados. Na quarta, o balanço da estatal mostrava que 93,17% do efetivo total estava trabalhando, o que correspondia a 101.161 empregados.
Os Correios garantem que todos os serviços, inclusive o Sedex e o PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios do país. Os que tem hora marcada estão tendo problemas.
Esse número é apurado por meio de um sistema eletrônico controlado pelos gestores da empresa, que monitora as ausências dos funcionários. Segundo a Fentect, na quinta-feira, a ferramenta teve um problema na sua operação, o que pode ter afetado o controle de quantos empregados estavam efetivamente em greve.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), por sua vez, iniciou a paralisação nas bases de seus sindicatos filiados antes do fim das negociações. Essa atitude coloca em risco não apenas a qualidade dos serviços prestados pelos Correios aos clientes e à população brasileira, mas também prejudica o esforço de todos os empregados que, ao longo deste ano, trabalharam para reverter a situação financeira da empresa.