As atividades da Dedini Indústria de Base foram paralisadas após assembleia realizada ontem (12) pelo Sindicato dos Metalúrgicos em frente à Justiça Federal com os ex-trabalhadores da empresa.
Durante o ato houve protestos com o objetivo de mostrar toda a injustiça sofrida, pois, segundo o sindicato, “muitos já não têm mais o que comer em casa”, disse em nota.
A grande maioria dos funcionários demitidos do Grupo Dedini ainda estão sem emprego e enfrentam sérias dificuldades econômicas, com contas de água, luz, telefone em atraso.
Para Geison de Souza Oliveira, “as dificuldades financeiras são enfrentadas diariamente, a situação está a cada dia mais crítica”, comentou.
Na tentativa de amenizar os problemas dos demitidos da Dedini, o Sindicato dos Metalúrgicos iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos onde a coleta será realizada em vários locais da cidade sendo alguns deles endereços dos próprios acionistas da empresa.
Na assembleia também, o advogado do Sindicato Dr. Luis Fernando Severino apresentou a todos a atual situação dos processos, como também orientou sobre a participação na assembleia de recuperação judicial que está marcada para ocorrer no dia 20 de julho, às 8h30, no Ginásio Municipal de Esportes “Waldemar Blatkauskas” (Rua Treze de Maio, 2122, Cidade Alta, Piracicaba). Caso não haja quórum suficiente a assembleia poderá ser realizada em 2ª convocação no dia 28 de julho.
Os trabalhadores da Dedini (mecânica) se solidarizaram com os ex-trabalhadores, pois também estão com dificuldades no recebimento dos vencimentos. Há atrasos de salários, FGTS, férias, dentre outros. Em créditos trabalhistas a dívida da empresa gira em torno de R$ 50 milhões.
De acordo com João Carlos Ribeiro, Jipe, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, “Novos protestos como outras paralisações poderão ocorrer, até que a empresa resolva a situação destes trabalhadores”, destacou.
Após a manifestação, os ex-trabalhadores acessaram a Dedini e almoçaram.