Foram condenados os guardas civis flagrados em 2015 em uma suposta tentativa de extorsão à três jovens abordados em uma ocorrência no bairro Campestre, em Piracicaba. Agora, com a decisão da justiça, eles devem ser expulsos da guarnição.
O caso, noticiado na época aqui no PIRANOT, aconteceu quando dois guardas teriam abordado as vítimas em um carro. Um cheiro de maconha teria sido sentido, mas nada de ilícito foi encontrado. Um dos guardas teria então pedido R$ 20 mil para não levar o trio preso e reteve o RG de um deles.
Para surpresa dos agentes públicos, as vítimas procuraram o comandante da Guarda Civil que solicitou ajuda da polícia para armar um flagrante na entrega do dinheiro em um estacionamento de um banco na Avenida Carlos Botelho, região do bairro São Judas. Na época, R$ 2 mil foi entregue ao guarda que acabou conduzido para delegacia onde negou o crime e acabou em liberdade para responder o processo.
Na decisão da justiça, o guarda que pediu o dinheiro foi considerado culpado pelo crime de corrupção passiva com pena de três anos e seis meses de prisão em regime aberto e a perca do cargo público. Por omissão, o colega que estava com ele na viatura foi condenado por prevaricação com pena de quatro meses de detenção.
Os dois guardas ainda podem recorrer da decisão em liberdade ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Diante dos fatos, a Guarda Civil abriu uma comissão fixa de sindicância para apreciar a condenação e, com base no seu estatuto, pode expulsar os agentes. O prazo previsto para a conclusão dos trabalhos é de 90 dias.
Vale lembrar que, por serem concursados, o processo de demissão é longo e complexo.