Um aluno perdeu a cabeça e iniciou uma discussão contra grevistas da Unimep que tentaram impedir a sua entrada em um dos blocos do campus Taquaral. “Pago R$ 2 mil por mês, abra minha sala que quero estudar”, gritava enquanto tentava junto com mais duas pessoas desmontar uma barricada de cadeiras e mesas. Assista acima!
Um vídeo feito por um outro aluno mostra toda a confusão. “Isso ocorreu no bloco 3, local de aula dos cursos de psicologia, nutrição e fisioterapia. Os funcionários da secretaria também estão sendo impedidos pelos grevistas de trabalhar.”, disse ele que não quer ter o nome revelado com medo de retaliações.
Outro estudante procurou o portal para se queixar. “Sobre a greve, o curioso é terem esperado uma semana da volta às aulas para inciarem a greve. É justo?”.
A greve começou na terça-feira (08), e tinha o apoio de estudantes que vinham sofrendo com a implantação de um novo sistema que estaria apresentando falhas não efetivando as matriculas e gerando boletos sem desconto. Com base neste problema, funcionários e professores, que nos últimos dois anos vinham ameaçando greve devido ao descontentamento com a administração da universidade e atrasos de salários, ganharam apoio e força para iniciar o movimento.
Ontem, uma funcionária do administrativo contou que optou por aderir a greve porque estava sendo obrigada a trabalhar horas além da contratada e que havia benefícios em atraso. “Esse mês o salário veio na data certa, mas o vale alimentação e o FGTS estão atrasados”, disse.
Na terça, o IEP (Instituto Educacional Piracicabano) informou que está aberto a negociação, porém não participou na quarta e nem nesta quinta-feira de reuniões agendadas pelos grevistas. “Os representantes da Rede Metodista de Educação não estiveram ontem à tarde na Unimep. A expectativa da comunidade interna era a de realização de uma reunião de negociação, com previsão de início às 14 horas, o que acabou não ocorrendo.”, disse a assessoria de imprensa do movimento em nota.
A Rede Metodista de Educação solicitou a realização de um segundo Foro de Conciliação, a ser realizado hoje (11), às 9 horas, no Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo). “O Foro de Conciliação irá reunir representes da Rede Metodista de Educação e dos sindicatos que representam professores e funcionários. Os representantes das entidades sindicais insistiram na necessidade de participação de representantes dos alunos.”.
Apoiadores da greve fizeram na tarde de ontem uma faixa gigante para simbolizar o movimento.