O Instituto Educacional Piracicabano, mantedor da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), se posicionou por nota nesta tarde (08), quanto ao início da greve dos professores da instituição.
“Diante da decisão de greve aprovada pela Adunimep (Associação dos Docentes da Unimep) e pelo Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), o Instituto reafirma o seu interesse em manter o diálogo de modo a superar os desafios apresentados. Desde a primeira notificação oficial do Sindicato sobre a possibilidade de paralisação, foi aberto um Fórum de Conciliação, mediado pelo Sindicato das Mantenedoras do Estado de São Paulo (SEMESP). O canal de diálogo está e sempre permanecerá aberto.”, disse.
Um dos tópicos de controvérsia foi a adoção de um novo sistema informatizado de gestão administrativa (ERP, Enterprise Resource Planning). Ele não estaria efetivando as rematriculas e gerou cálculos de mensalidades erradas. “Sobre o sistema (ERP), a implantação visa atualizar tecnologicamente e promover melhorias para a execução de processos relativos à vida acadêmica de alunos e docentes. O novo sistema informatizado de gestão substituirá o antigo (Mainframe), em operação há mais de 25 anos.”, explicou.
Diante do problema, o Instituto disse ter tomado medidas para amenizá-lo. “Cabe ressaltar os esforços tomados na intenção de impactar o mínimo possível a rotina da comunidade acadêmica durante o processo de implantação do ERP, tais como: um Centro de Apoio à Implementação do Novo Sistema, com canal aberto para dúvidas e esclarecimentos; um manual de orientações de acesso ao novo portal; prorrogação dos prazos de matrícula e de pagamento de mensalidades, dentre outras ações.”.
Sobre a autonomia universitária da UNIMEP, o mantedor disse que “consideradas todas as dimensões previstas no Art. 53 da Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96, e pelo Estatuto da Universidade. A Direção do Instituto reafirma que a autonomia universitária da UNIMEP sempre será respeitada, conforme exige a tradição histórica da educação promovida pela Igreja Metodista no Brasil, em particular na cidade de Piracicaba desde o final do século XIX. Em nenhum momento o compromisso com a qualidade do ensino, a pesquisa para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e o espaço de diálogo com a comunidade foram ou serão comprometidos.”.
O mantedor falou sobre diálogo na nota. “No intuito de dar continuidade as conversas iniciadas no Fórum de Conciliação, a direção do IEP propôs a criação de dois Grupos de Trabalho (GT) com as devidas representações, a saber: 1) GT para acompanhamento e verificação de possíveis ajustes na implantação do novo sistema informatizado; 2) GT para discussão da autonomia universitária com o objetivo de propor diretrizes de governança e gestão orçamentária ao Conselho Universitário Superior (CONSUN). Apesar da proposta do IEP e dos salários em dia, a criação dos GTs não foi suficiente para impedir a decisão da assembleia pela greve.”.
Procurada, a ADUNIMEP não respondeu ao nosso pedido de entrevista.